Diga não ao trote... Violento!
Posted: 15 de agosto de 2010 by Jacson L. Peres in Marcadores: Artigos, TroteHoje contaremos com a participação feminina para abrilhantar nosso blog. Um ótimo texto, com o qual sou de acordo. Vale ressaltar que o texto que segue, assim como as opiniões expressas são de responsabilidades da autora.
Autora: Géssica Viganó
Todo mundo quando passa no vestibular (agora pelo Sisu em algumas universidades) fica muito feliz. O momento que você descobre que foi aprovado é único! Os pais então, ficam orgulhosos que só, dúvido mãe que não ligou pra metade da lista telefônica pra contar que o filhinho passou e agora vai pra faculdade, mas então, apõs toda essa euforia, vem a burocracia de arrumar um lugar pra ficar, por fim se inicia as aulas.
Primeiro dia é punk. O medo do novo fica estampado na cara dos calouros, chega a ser engraçado. Mesmo diferentes, são todos iguais. Andam sempre em grupos, sempre meio quietos, com um olhar de quem fez alguma coisa errada. E o tema principal de discussão desses grupinhos, pelo menos na primeira semana, é o trote.
Lembro da fase de caloura, primeiros dias de aula, quando algum veterano entrava na sala de aula pra dar algum recado, todo mundo olhava, se perguntando: será que é hoje?
Atualmente, quando se fala nesse assunto, a mídia relata os vários abusos contra a integridade física e psicológica dos estudantes. Chegaram a criar uma lei, impedindo a prática. Pelo projeto, é proíbida a realização de trote que ofenda a integridade física, moral ou psicológica dos novos alunos; importe constrangimento e os exponha de forma vexatória ou que implique pedido de doação de bens ou dinheiro, "salvo quando destinados a entidade de assistência social".
Concordo totalmente, quando se fala em trote violento e sua proibição. Agora, na grande maioria das universidades ele não é ofensivo a ninguém. Muito pelo contrário, serve para unir os novos alunos aos que já estão ali. É no trote que você os conhece. Além do que, são brincadeiras engraçadas, sem o intuito de humilhar ou maltratar ninguém. Quando você chama alguém de calouro burro, não está querendo de jeito nenhum causar algum complexo, é um tipo de brincadeira. Outra, pedir dinheiro pra ajudar as crianças com câncer não é humilhação, agora pedir pra uma festa ou pra tomar aquela cervejinha é?
Ao invés de incentivarem a prática sadia do trote (sem violência física e exageros) resolveram proibir tudo. Trote saudável, trote violento, qualquer manifesto de trote, tudo proibido! Na universidade onde estudo o trote não é violento e muito menos obrigatório. Só vai quem quer ,e quem vai se diverte muito. Bom, ERA, porque graças a esta lei absurda, fomos proibidos de qualquer ação que desse a entender o ritual.
Digo como quem já passou pelo trote, que é uma prática extremamente saudável e que marca uma passagem. Então, diga não ao trote, mas ao trote VIOLENTO. Essa confraternização é essencial, e deve voltar! Calouro que é calouro tem que se enturmar, passar pelo trote e pagar muita cerveja aos veteranos amados. Para que no próximo período ele ria com tudo isso e com as próximas "vítimas" desse "crime", que por fim, só faz bem a vida social universitária.
Autora: Géssica Viganó
Todo mundo quando passa no vestibular (agora pelo Sisu em algumas universidades) fica muito feliz. O momento que você descobre que foi aprovado é único! Os pais então, ficam orgulhosos que só, dúvido mãe que não ligou pra metade da lista telefônica pra contar que o filhinho passou e agora vai pra faculdade, mas então, apõs toda essa euforia, vem a burocracia de arrumar um lugar pra ficar, por fim se inicia as aulas.
Primeiro dia é punk. O medo do novo fica estampado na cara dos calouros, chega a ser engraçado. Mesmo diferentes, são todos iguais. Andam sempre em grupos, sempre meio quietos, com um olhar de quem fez alguma coisa errada. E o tema principal de discussão desses grupinhos, pelo menos na primeira semana, é o trote.
Lembro da fase de caloura, primeiros dias de aula, quando algum veterano entrava na sala de aula pra dar algum recado, todo mundo olhava, se perguntando: será que é hoje?
Atualmente, quando se fala nesse assunto, a mídia relata os vários abusos contra a integridade física e psicológica dos estudantes. Chegaram a criar uma lei, impedindo a prática. Pelo projeto, é proíbida a realização de trote que ofenda a integridade física, moral ou psicológica dos novos alunos; importe constrangimento e os exponha de forma vexatória ou que implique pedido de doação de bens ou dinheiro, "salvo quando destinados a entidade de assistência social".
Concordo totalmente, quando se fala em trote violento e sua proibição. Agora, na grande maioria das universidades ele não é ofensivo a ninguém. Muito pelo contrário, serve para unir os novos alunos aos que já estão ali. É no trote que você os conhece. Além do que, são brincadeiras engraçadas, sem o intuito de humilhar ou maltratar ninguém. Quando você chama alguém de calouro burro, não está querendo de jeito nenhum causar algum complexo, é um tipo de brincadeira. Outra, pedir dinheiro pra ajudar as crianças com câncer não é humilhação, agora pedir pra uma festa ou pra tomar aquela cervejinha é?
Ao invés de incentivarem a prática sadia do trote (sem violência física e exageros) resolveram proibir tudo. Trote saudável, trote violento, qualquer manifesto de trote, tudo proibido! Na universidade onde estudo o trote não é violento e muito menos obrigatório. Só vai quem quer ,e quem vai se diverte muito. Bom, ERA, porque graças a esta lei absurda, fomos proibidos de qualquer ação que desse a entender o ritual.
Digo como quem já passou pelo trote, que é uma prática extremamente saudável e que marca uma passagem. Então, diga não ao trote, mas ao trote VIOLENTO. Essa confraternização é essencial, e deve voltar! Calouro que é calouro tem que se enturmar, passar pelo trote e pagar muita cerveja aos veteranos amados. Para que no próximo período ele ria com tudo isso e com as próximas "vítimas" desse "crime", que por fim, só faz bem a vida social universitária.
Saudades do trote, eu curti quando levei e curti mais ainda dar nos calouros depois, haha.
Bem escrito Gessica.
Abraços!